Regras criadas na época de um país rural que não fazem sentido social, moral e muito menos doutrinário e ainda agridem o senso de inteligência das pessoas, atrapalham a missão da igreja, por isso não produzem razão aceitável para sua existência na igreja, a não ser em mentes cauterizadas pelo tradicionalismo.
As tradições nos usos e costumes ligados ao vestuário são capazes de produzir elementos dignos de comédia sob a crítica da sociedade atual, quando vistas pela ótica da coerência com o que significam as doutrinas bíblicas quanto a santidade e vida cristã.
Uma análise sob uma ótica lógica:
Regra básica: A igreja deve ser um agente de combate a qualquer imoralidade ou práticas que incitem criem atração ou estimulem ações para tal.
Na prática: A exposição do corpo da mulher é sabidamente muito mais tentador a atração do olhar lascivo do homem e suscitar pensamentos pecaminosos que o contrário. Contudo, as próprias regras de usos e costumes permitem que mulheres possam usar vestes assim e até ocupar o púlpito de igrejas com vestes que expõem ou delineiam partes sedutoras de seus corpos, mas que por si só, são atrativas e provocativas aos olhares do sexo oposto, tais como como saias mais curtas, decotes um pouco mais ousados, roupas um pouco justas ou com transparências, etc., que mesmo assim se não for com demasia, por no geral estar dentro das regras, é tido como uma e normalidade. Para piorar, condenam o uso de calça comprida para mulheres com a justificativa de ser “veste de homem” que mesmo se a interpretação bíblia tivesse esse sentido, não seria sensato em uma época de inúmeras variáveis de roupas unissex, a regra só serve para a calça? Isto está condenado ao mesmo destino da célebre condição pecaminosa que se dava ao uso de aparelhos de rádio e TV no passado: uma bizarrice com tristes lembranças de pessoas machucadas e perdas, que não tem a ver com a igreja de Cristo.
Por outro lado, muitos líderes ou membros tradicionalistas da igreja, se verem um homem da mesma igreja na rua, ou até dentro de sua própria casa, usando uma bermuda totalmente decente, mostrando muito menos suas pernas que o costume habitual das mulheres de sua igreja, este é advertido ou censurado imediatamente porque não está dentro dos padrões da “doutrina” e dos costumes da igreja.
O bom senso pergunta: o que há de coerência nisso? Claro que nenhuma e isso não faz sentido algum, porque regras como essas, se analisadas dentro de um nexo mínimo de cuidados com a exposição do corpo, da provocação e da possibilidade de tentação do sexo oposto que a bíblia instrui para se ter cuidado, são totalmente inexplicáveis, ininteligíveis e inadequadas para qualquer cérebro na sociedade atual e obviamente acabam sendo motivo de chacota, rotulação jocosa para a igreja e prestam assim um desserviço ao propósito da evangelização, a que a igreja deve ter em primeiro objetivo, pois é a sua missão.
Já passou da hora dos líderes de viés tradicionalista buscarem um equilíbrio mais sensato quanto a usos e costumes e de focarem mais no zelo pelo cumprimento da essência das doutrinas bíblicas e na execução da missão plena da igreja e deixarem de lado regras sem nexo na atualidade que tornam-se empecilho para muitas pessoas pessoas de bom senso conhecerem a Cristo.
Pr. Eroni Fernandes
Sou membro de uma igreja, que faz uso do “costume” supra citado. E dentro de todos os pressupostos Soteriológicos sabemos que não cabe a nós os salvos, nenhuma das ações que concernem os aspectos salvíficos. Passando pela Regeneração até a Glorificação: É DEUS QUEM OPERA TODAS AS COISAS. Inclusive a santificação. Contudo, gosto de vestimentas que estão dentro dos “costumes”, não porque alguém disse, ou porque tem algum aspecto de piedade, nem mesmo porque interfere naquilo que só Deus pode fazer. E embora tais conceitos estejam intrínseco em mim, não excluem a minha necessidade de querer ser diferente, não apenas pelos aspectos inerentes ao “ser interno recriado” – contudo, anseio, a cada dia ser diferente também na aparência externa.
Diferenca dentro e fora. Diferença dentro de uma >>> saúde espiritual, a “diferença” – ao contrário do que foi citado: atrai.
Apenas para a sua reflexão.
Nem tudo pode ser tão subjetivo.
Shalom.
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Obrigado pela posição madura. Não sou contra e acho além de tudo tem
Uma identidade da igreja como instituição que deve ser preservada. A defesa do artigo é muito mais para os extremos que não fazem sentido e que não podem ser o eixo que define ser cristão ou não ou mesmo ser excludente para que pessoas sirvam a Deus, muito menos como sinal de piedade, fidelidade ou santidade. Obrigado e comente sempre, nosso blog busca reflexão e não polêmica.
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