Doutrina, costumes e regras. O que é, e o que não é pecado. Desfazendo confusões!

O que é e o que não é pecado e a velha e nova questão: isso pode ou não pode, juntada a muitas outras dúvidas que não esclarecidas devidamente, geram uma mistura nociva de doutrina, costumes e regras estatutárias da igreja que são tratadas em um mesmo grau, generalizando como pecados e requisitos  para a salvação, gerando enorme confusão doutrinária para os menos esclarecidos e incômodo para os que tem discernimento adequado.
Os maiores defensores do tradicionalismo nas igrejas são pessoas que não dominam o conhecimento e a separação do que se refere a doutrina da salvação, usos e costumes, regras comunitárias, estatutárias e tradições da igreja. Tudo isso em uma mistura sem cuidado, temperado pela simplicidade e desconhecimento, formam uma solidez de conceitos errados que são extremamente maléficos para a paz e comunhão de uma igreja, distorce e contamina o evangelho que pregam, afasta pessoas e deixa de alcançar outras gerando um enorme prejuízo para o Reino de Deus.

ENTENDA AS 5 PRINCIPAIS LINHAS DE REGRAS E DOUTRINAS QUE GERAM CONFUSÃO.

Qualquer igreja, segue ou é influenciada por pelo menos cinco linhas de regras e doutrinas que são necessárias e naturais na sua existência e que muitas vezes intencionalmente ou por descuido não são ensinadas de formas separadas para não gerar mais confusões ou até mesmo para tornar o povo mais fácil de se conduzir ou manipular, isso depende é claro do caráter da liderança. Vejamos:

1 – Princípios doutrinários bíblicos: 

Estes princípios dizem respeito ao ser humano e o zelo de seu relacionamento com Deus, sua obediência, submissão a ele, seu afastamento do pecado e sua conduta cristã em uma nova vida com Cristo. São regras imutáveis e ninguém ousa sequer contestá-los ou discuti-los. São inegociáveis e inflexíveis tanto no passado quanto no presente porque a obediência a eles é requisito indispensável para a salvação do homem. Estes princípios são básicos e iguais entre as principais igrejas cristãs sérias e maduras. DESRESPEITO AOS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS É PECADO. É contra isso que a igreja deve sempre lutar e mestar alerta!

2 – Usos e costumes locais: 

São regras que dizem respeito ao cristão, seu relacionamento e bom testemunho social e são eles que fazem com que a igreja seja adaptável ao meio em que está inserida, de forma que o cristão seja uma pessoa que vive dentro das regras aceitáveis na sociedade que vive, mas com princípios de vida e atitudes diferentes que o devem posicionar com distinção e bom exemplo. Aqui reside uma grande confusão: O cristão neste quesito, precisa centrar sua diferença no zelo pelo bom caráter, respeito público, moralidade e integridade, isso são atitudes geradas no interior da pessoa, que hoje, em muitas igrejas, por se dar valor ao exterior são pouco valorizados, e assim essas instituições são tendenciosas a punir mais os pecados morais e absorver com facilidade os pecados de caráter, abrindo uma brecha enorme para seus fiéis perderem a salvação por não serem ensinados a abster-se desse tipo de erro. Respeitar usos e costumes locais e atuais é plenamente recomendável, viver com costumes de outras épocas é inviável e gera grande prejuízo para a igreja. Isso pode ser uma infração contra as regras da igreja local, mas é consenso entre os maiores pensadores e teólogos que NÃO É PECADO CONTRA DEUS. Muitos ainda defendem com tal por não ser viável “despregar” o que pregaram e defenderam a vida toda e pela a resistência das pessoas tradicionais da sua igreja;

3 – Regimento interno ou estatuto da Instituição: 

São regras que dizem respeito ao relacionamento do cristão com a instituição religiosa que está inserido. A igreja como outras instituições que congregam pessoas, necessita de um regimento que regule, organize e normatize sua forma de se convivência interna de forma pacífica e organizada. Estas regras não dizem respeito a salvação e sim a aderência aos princípios da instituição.

Este regimento é livre, são os líderes que tem o poder de definir e alterar, além de estabelecer todas as regras de funcionamento,  pode-se por exemplo reger a forma de vestuário, apresentação pessoal em reuniões, uso ou não de barba, frequência a reuniões, regras gerais, punições a infratores, etc. Não há nada de mal nisso, instituições seculares também agem assim, apenas as pessoas que pertencem a essa instituição devem obedecer a essas regras pelo simples fato de estarem dentro delas, mas a o não cumprimento a essas regras são infrações contra a instituição religiosa, não são pecados contra Deus e não se enquadram naquela tão invocada desobediência que a bíblia condena. A pessoa pode ser desligada da instituição por não cumprir suas regras, mas isso não necessariamente a desliga da comunhão com Deus se esta manter-se obediente aos princípios bíblicos.

4 – Regras tácitas geradas pela prática contínua: 

Estas são aquelas regras criadas ao longo do tempo que não estão escritas e nem formalizadas, mas são praticadas como se assim fossem porque estão impregnadas na convicção das pessoas pela longa prática. Essas regras muitas vezes adquirem o status de doutrina e requisitos para salvação em prejuízo da livre prática da fé das pessoas.

Estas regras surgem e se perpetuam pelas diferentes interpretações bíblicas de líderes, pela dificuldade de mudança e atualização de práticas que é natural em uma instituição religiosa e pelo zelo excessivo de pessoas que muito bem-intencionadas, transformam isso em regras e consequentemente em um fardo para quem já está em outra fase de conhecimento bíblico e relacionamento dom Deus. É aqui que o tradicionalismo entra, se perpetua e impera nas igrejas.

5 – As regras da liderança atual

A liderança de uma igreja é algo muito forte e respeitada e por isso abre espaço para o líder impor suas convicções pessoais muitas vezes como prática obrigatória dos fiéis. Sem fazer juízo de valor, isso pode ser benéfico ou maléfico mas sempre estará sujeito ao humor, caráter cristão, intenções e influências de vida dessa liderança que pelo poder que exerce tem a liberdade de criar regras ou até elevar suas convicções pessoais ao status de doutrina de salvação. Esse conjunto de regras normalmente mudam se houver substituição na liderança. São infrações contra a liderança da igreja, mas não necessariamente são pecados contra Deus.

Pr. Eroni Fernandes

@eronifernandes

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Um comentário em “Doutrina, costumes e regras. O que é, e o que não é pecado. Desfazendo confusões!

  1. É muita regras dentro desta dita igreja, só que não vemos o amor o evangelho tenho 30 anos de idade cresci dentro desta empresa com o seus estatutos , só aprisiona as pessoas hoje não sei olha para nenhum liderança São todos mentiroso manipulação as pessoas não vejo a verdade e quase mi tornei um deles um fariseu , hoje olho para o tempo esperando Jesus me encontrar. Meu irmão tenha misericórdia de ti pregue a palavra e ame a verdadebo evangelho .

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