A “Denominação” que mais cresce no Brasil: Os evangélicos sem igreja

Qual seriam as razões dos evangélicos tão caracterizados pela assiduidade de frequência à igreja estarem abandonando esta prática?

Os números dos ultimos censos do IBGE trouxeram esta constatação até de certa forma surpreendente para os conhecedores do segmento evangélico e mais alarmante aida é que o volume de pessoas que deixam de frequentar as igrejas sem abandonar a sua fé, cresceu mais em numero de pessoas que muitas denominações juntas.

Qual seriam as razões para isso ocorrer justamente no momento tido como muito bom para o movimento evangélico no país? Relacionamos algumas:

a) Igrejas que ocupam largos espaços na mídia principalmente a televisão, pregam insistentemente um Deus que apenas serve às pessoas, resolve seus problemas, enriquece materialmente, etc., e como isso é apenas a parte interesseira da verdade, logo elas conhecem a realidade de que Deus também diz não, e que servir a ele requer bem mais que ser um simples recebedor de favores e se decepcionam com a igreja abandonam- a mas permanecem se auto-denominando evangélicos;

b)Igrejas tradicionais que insistem em manter a tradição de suas origens que era aderente a uma população na época totalmente rurail e periférica e que não fazem sentido após a transformação cultural  aa sociedade brasileira e do largo acesso ao conhecimento e a informação, que em apenas uma geração, filhos de pais agricultores e semi alfabetizados hoje são pós graduados, mestres e doutores e que não são apenas ouvintes e praticantes como eram seus pais: tem a capacidade e o hábito se questionar e filtrar o que abaorvem e de aprofundar os estudos na bíblia e facilmente abstraem que certas coisas tão defendidas pela tradição não fazem sentido bíblico e muitas vezes nem moral, nem social e nem na lógica de uma pessoa minimamente esclarecida. Isso facilmente influencia essa geração a se decepcionar com a igreja e se fastam dela.

c) As próprias igrejas disseminaram o conhecimento teológico sem que suas lideranças absorvessem esses conteúdos e analisassem a consequência para as instituições tradicionais de se criar mentes mais preparadas e mais críticas que fatalmente bateriam de frente com práticas e confusões entre doutrinas bíblicas, costumes, regras denominacionais e todos os resquícios de uma tradição profundamente enraizada no ambiente igreja e de difícil ajuste, porque são práticas que apesar não se suatentarem a uma análise bíblica mais profunda se tornaram sagradas nessas correntes denominacionais;

c) Igrejas não investiram na renovação ministerial e nem em em dar mínimas condições de vida e aposentadoria formas aos homens simples, mas servos dedicados a Deus que foram responsáveis  pelo crescimento dessas igrejas e que hoje são obrigados a mantê-los a frente de congregações onde  estes tem enorme dificuldade de ter maior interação com o publico da atualidade, as mensagesn pregadas já não satisfazem as expectativas das pessoas e estas preferem outras alternativas de praticar sua fé. É importante ressaltar novamente: Esses homens merecem ser horados e cuidados pela vida e pelos frutos que deram, mas hoje raras igrejas pensam neles de forma efetiva, e muitos se veem obrigados a continuar, mesmo sem forças ou sem condição de atender o publico atual e ainda vendo suas igrejas minguarem.

d) Poucas igrejas se atentaram que a enorme disponibilidade de conteúdos online, principalmente em vídeo ou cultos online com pregadores de conteúdos excelentes que são alternativas atraentes, confortáveis e compensadoras e ganham fácil a decisão das pessoas em contraponto às muitas vezes monótonas e cansativas liturgias e ao pouco conteudo relevante das ministrações em muitas igrejas.

e) O perfil da sociedade atual caracterizado pela falta de tempo, correria, conceitos de vida, expectativas de sucesso, e todo o materialismo presnete nestes tempos, fazem as pessoas elegerem suas prioridades na sua própria conveniencia e nesse ponto, se a igreja não serve aos seus interesses elas abandonam a frequencia alegando um motivo qualquer.

f) A maioria das mensagens pregadas nas igrejas hoje são insistentemente para pessoas em Situação de fragilidade e apesar de necessárias, podem não fazer sentido para outros que ja atingiram uma estabilidade na vida e querem mensagem para a alma onque está raro. Reflita: qual a ultima vez que voce ouviu uma mensagem ou um chamado a receber uma oração para pessoas que estão bem e com tudo em ordem na sua vida?

Enfim, razões existem muitas, mas cabe às lideranças entendê-las e agir, pois essa tendência é forte e a presença na igreja embora para muitos  seja dispensável, não vejo como possível a prática real da fé sem comunhão presencial, adoração coletiva, pastoreamento, interação com os demais membros do corpo de Cristo, enfim, inúmeras razões, que apesar dos erros humanos que são passíveis a lideranças das igrejas, estas são instituições fundamentais e indispensáveis na prática da fé cristã.

Pr. Eroni Fernandes

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6 comentários em “A “Denominação” que mais cresce no Brasil: Os evangélicos sem igreja

  1. É verdade tudo que você falou. O mundo é assim mesmo e as igrejas evangélicas e outras já se deixaram influenciar. Segundo a bíblia em romanos conforme o apóstolo Paulo “diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus “…creio assim e semeio o bem para ganhar as almas para Jesus e não para a igreja instituição. Deus abençoe todos os filhos de Deus. Ósculo Santo para todos. 💙📖🎯

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  2. Notei a ausencia de alguns aspectos que, facilmente o irmão poderia fazer extensao em outro momento:
    1. As condições proféticas dos últimos tempos e as faltas espirituais típicas de uma vida descomprometida com a Santa Escritura e seus ensinos, pelas muitas formas superficiais de apresentação do Evangelho.
    2. A ponderação de que em grande parte destes afastados, deve-se a um afastamento que corresponde ao seu afastamento de Deus. Não é uma questão apenas institucional. Vai muito além: não conversão de fato.
    3. Tem o elemento das fraquezas próprias destes afastados, embora sendo sinceros em sua busca, pode haver, falta de consistência no entendimento da mensagem salvadora, do papel da membresia, do significado do “ser igreja”, das disposições em servir sem benefícios diretos à sua Pessoa…
    4. E, o fator que, dependendo do grupo eclesiástico, pode ser um bem, esta evasão de quem não tem interesse, ainda que entenda, a mensagem da cruz. Isto vai acontecer e em si não refletirá um problema na essencia em muitos casos.
    * Estes adendos faço, porque lá, só havia a visão responsabilizado a instituição ou o instituído.
    Grato atenção.

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  3. Enfim uma postagem sem hipocrisia porque se baseia em dados do IBGE.
    Entretanto, faltou mencionar algo muito importante, trata-se dos responsáveis pelos cultos que, pregam uma coisa e agem contrariamente. Temos, aliás, conhecidos que se afastaram por isso.
    Ademais, interpretações bíblicas pela teologia não condiz, em maioria, com o que se deve chegar ao coração das pessoas. Ministram uma realidade inexistente que a razão dessas pessoas começam negar.
    Juntando-se, porquanto, fé e razão, a realidade é outra.
    Então, os templos que ora se saturam ou abarroram pela necessidade de se ver o fenômeno do milagre, a razão vem em seguida demonstrar que tais ações não passam de resultado positivo dos passos dados no rumo certo.

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  4. O tema tem que ser tratado com profundidade, pelo tamanho crescente deste grupo. Creio a responsabilidade deste status ou estágio não é unilateral da igreja, considerando que só os membros e congregados são igreja. Essa, trata se de um organismo vivo em constante transformação pela sua natureza, de necessidade de crescimento e santificação. Precisamos, por mais que doa em muitos, temos de ver de quem é a real responsabilidade e considerar vários ensinamentos que se tornaram jargões no meu cristão: a) quem olha para o homem, não está olhando para Jesus (alguém pode alegar isto como contraditório para ter saído, temporariamente); b) as organizações são humanas, denominadas, e os defeitos e problemas são constantes, porém Jesus está e é a cabeça de comando (quem fica, fica por fé e perseverança); c) a santificação é um processo e todos indistintamente precisamos passar por isso para ver a Glória de Deus. E nesse processo passamos por provações, e no meio da igreja somos constantemente testados perante a Palavra que nos julga. d) a igreja é um lugar de exercitar a nossa capacidade e talentos, quem sai abre mão deste compromisso de resistir e de ser agente de transformação do meio que carece disso (poucos fazem essa transformação de fora – só os chamados com tu pastor Eroni)…; Poderíamos enumerar outris fatores ou motivos….

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  5. Esse status creio que tem muito a ver com o cumprimento da Palavra, para muitos que saem, quando a apostasia está crescendo no seio da igreja. Temos um senso, mas mesmo que se buscassemos os reais motivos neste sentido, seria difícil pois aquele que se apostatou ou está em vias de, não conseguirá enxergar esse “probleminha” e alegaralá que o que tirou da igreja foi “n” motivos diferentes.

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