Tenho receio de convidar amigos para irem a igreja comigo!

Seria só eu que já passei calafrios, calorões e tive sudoreses quando convidei meus amigos para ir a um culto e eles foram submetidos a situações constrangedoras na igreja?

É importante entendermos que quando uma pessoa vai a uma igreja que não costuma frequentar, o ambiente lhe é totalmente estranho e naturalmente desconfortável e cabe a organização desta ter o cuidado de prover tudo para que esse desconforto inicial torne-se algo confortável e atrativo para o visitante, de forma que ele sinta-se bem e principalmente, tenha desejo de voltar.

Até como maneira didática algumas coisas que costumeiramente ainda acontecem com visitantes em muitas igrejas, contribuem muito para uma pessoa sentir-se totalmente desambientada e simplesmente queira por um momento evaporar dali e nunca mais voltar, como por exemplo:

  • Apresentação nominal e que ainda obrigam a pessoa ficar em pé no meio de uma multidão de desconhecidos, quando tudo que a pessoa queria era ficar anônima, conhecer a igreja e participar do culto e ouvir uma mensagem edificadora;
  • Desorganização do culto, liturgia desconexa e pessoas despreparadas na direção, principalmente quando o convidado é alguém que você sabe que é pessoa de criteriosa, zelosa e exigente;
  • Não se respeitou o horário de início e muito menos do final do culto
  • O som da igreja causa tanto desconforto auditivo que até o decibelímetro se enrubesce;
  • Pessoas que não se comportam dentro da igreja de forma minimamente reverentes a ponto de causar desconforto e constrangimento ao respeitoso visitante;
  • Seu convidado resolveu ir à igreja naquele dia que era um trabalho especial das irmãs e que as pessoas que dirigem o culto são pessoas esforçadas e dedicadas, mas não tem preparo suficiente para o que estão fazendo e muitas coisas que fazem ficam sem sentido para a igreja e mais ainda para o visitante;
  • Pregadores que desrespeitam a prática religiosa do visitante e ofendem suas crenças ao invés de falar o evangelho puro e simples;
  • As vestes e os usos da esposa de seu amigo foram o assunto da pregação;
  • A mensagem pregada não faz nenhuma conexão com o ambiente e muito menos sentido para a vida do visitante;
  • O pregador abusa dos recursos de manipulação de auditório como sopros em microfone,  e/ ou diminuição abrupta da distância de sua boca para produzir efeito explosivo no povo, gritos, atira lenço pra cá e pra lá, e faz cenas teatrais sob o púlpito, mas conteúdo, muito pouco;
  • Naquele dia resolveram forçar nas campanhas para arrecadar fundos e a “pedição” na igreja forçou a barra a ponto de constranger os próprios irmãos, quanto mais os visitantes;
  • Quando vai chegando o final da mensagem você já está suando frio porque deduz o que acontecerá no final no que chamam de apelo, e seu amigo é o único visitante que não pertence à igreja;
  • Nessa hora quando você menos espera vem alguém e insistentemente quer conduzir seu amigo para a frente para receber oração e fica forçando a situação;

Enfim coisas como essas podem acontecer em igrejas que cresceram em ambientes rurais e periféricos das cidades e hoje estão em locais urbanos mas suas práticas continuam tradicionalmente como nos seus primórdios. Isso é muito natural, o que não é compreensível para nós, é que depois de todo o sufoco que você passou, descobre que Jesus é tão maravilhoso que traduziu tudo isso que aconteceu e conseguiu entrar no coração de seu amigo e ele te diz que entende todas essas situações e que vai voltar outros dias. Apesar de não entender como natural, essa sempre é a minha oração e a confiança e esperança no Senhor para que algo extraordinário do céu aconteça e possa inibir tantas situações impeditivas que uma igreja pode produzir em suas dependências e ambiente de culto em desfavor de sua missão.

Os pontos aqui abordados e até as vezes caricaturizados, não são assim tão comuns nas igrejas, mas de forma isolada ainda ocorrem, mas independente disso, cabe a cada Pastor de igreja, recepcionista ou cada cristão, sempre estar em aperfeiçoamento contínuo para fazer o melhor para que todos os visitantes que adentrem ao ambiente de culto da sua igreja, que ali sintam-se não em uma religião diferente da sua, mas no conforto e no aconchego da casa do Pai.

Pr. Eroni Fernandes

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