É importante e até obrigação da igreja honrar seu pastor ou líder e fazer isso publicamente, pois a grande maioria deles merecem, mas que não se confunda isso com uma parafernália de ações de bajulação e possivelmente falsidades, culminados com arrecadação significativa de dinheiro via os já famosos e convencionados envelopes, que no final, muitos tem certeza que esse era objetivo da reunião que muitos insistem em chamar de culto de ação de graças. Realmente há muitas igrejas passando dos limites!
Mas porque isso insistentemente acontece e se propaga nas igrejas? É simples: primeiro é necessário separar aqueles que são queridos daqueles que são poderosos. Os queridos cultuam a Deus recebem presentes e homenagens merecidas, os poderosos de alguma forma podem fazer isso isso também, mas o que prepondera nesses eventos é a bajulação e arrecadação disfarçada de presentes, onde igrejas, departamentos e congregações são obrigados, podendo ou não, a levar valores em dinheiro pré determinados pelos organizadores da “homenagem” e conforme a posição que o homenageado outras pessoas presentes, sentem-se obrigados a “presentear” também e já subentendem quando não, determinam que o valor a se colocar no famoso envelope não pode ser apenas R$50,00. Aí para os entendidos é só fazer as contas e entender porque cada vez isso se propaga com facilidade.
Quem é sábio, facilmente entende que as somas de dinheiro tornam-se interessantes e atrativas e pasmem: já fazem parte do orçamento anual dos “homenageados” porque em muitos casos chegam a ser valores realmente espantosos para simples mortais, quando trata-se de líderes em grandes cidades, lideranças estaduais ou presidentes de convenções. Já quanto a líderes nacionais, saímos do nível de espantoso para o estratosférico, atingindo provavelmente na casa de pares de milhões de reais, segundo estimativas sóbrias e notícias de quem participa da contagem do valor arrecadado. Isso obviamente não tem nada a ver com ação de graças, tem outros nomes, e usar a obra de Deus e sua estrutura, pessoas de boa fé e até contribuições para esse tipo de coisa não combina com quem teme a Deus ou tem a responsabilidade de conduzir o rebanho do Senhor, ou pelo menos deseja ser salvo.
Um culto de ação de graças, não pode conter evento arrecadatório nem pode se transformar em culto a personalidade, independente de merecimento, nem se deve utilizar o ambiente da igreja para homenagens exacerbadas, desfile de pessoas em nome de igrejas, congregações e departamentos, que utilizam trechos bíblicos, hinos e até a pregação, em algo ridículo que a boa ética e respeito ao leitor não permitem citar aqui, transformando assim, o que deveria ser um culto a Deus em um momento enfadonho, insuportável para quem está presente, sem respeitar as aquelas pessoas que ali estão para prestar seu culto a Deus, outras que desavisadas foram lá querendo adorar ao Senhor e principalmente, se ter o mínimo respeito ao ambiente, que somente deve ser dedicado em adoração ao Senhor e a mais ninguém.
Esses eventos feitos dentro da igreja e em horários normais de cultos, em muitos locais tem passado dos limites, com interminável fila de homenagens, presença de políticos, entregas de placas, presentes, discursos e uma lista de ações de homenagem que apesar de até ter a liturgia de um culto, na realidade Deus não está em primeiro plano, é muito pouco cultuado e ainda, de ação de graças é somente o nome do evento, a finalidade é outra.
Como consequência de tudo isso, o ambiente torna-se de extrema pobreza espiritual pelo enfado e desconforto que tudo isso causa às pessoas que estão ali apenas por obrigação e até interesses próprios. Além disso, tudo decai pelo tipo de evento que se transforma, pela presença de pessoas sem nenhuma espiritualidade, pelo potencial de presença de falsidade ocupando o altar, mas principalmente pela decepção causada para aqueles que ali foram para prestar sua adoração e reverência a Deus.
Fica a dica: Um culto de ação de graças por aniversário, é um culto a Deus e é muito justo homenagear um líder, mas cada coisa em seu ambiente certo, respeitando-se a igreja, o templo e o povo, principalmente aqueles que lá estão para receber algo de Deus através da sua palavra e cultuar a ele, estes merecem maior respeito e, independente do dia que para lá se dirijam, devem ter a liberdade de adorar a Deus e ouvir a ministração de conteúdo relevante do evangelho. Em momento algum um culto deve ter uma personalidade humana como figura central e as únicas pessoas a serem cultuadas nesse ambiente são com certeza bíblica absoluta, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Um pastor de uma igreja, é um líder, deve ser querido e honrado por seus liderados e amado pelos fiéis, portanto é muito justo que este e mesmo sua esposa, sejam homenageados em seus respectivos aniversários e que se celebre um culto de ação de graças, além é claro de serem presenteados com sinceridade por quem os ama e a quem dedicadamente servem muitas vezes em qualquer horário, momento ou condições e nem sempre são reconhecidos por isso. Infelizmente esses muitas vezes são os que menos recebem presentes e doações porque sendo tementes a Deus, não usurpam da posição para benefício próprio, nem aceitam que obriguem pessoas, igrejas e departamentos a contribuírem forçosamente. São Pastores no melhor sentido da palavra.
Mas e daí, perguntariam alguns, como homenagear nosso Líder? É simples: culto de ação de graças, com um momento de oração e gratidão a Deus pelo aniversário, se faz nas dependências da igreja, mas homenagens, discursos, presentes e todo tipo de expressão similar e até arrecadatória, o lugar certo é um salão social, restaurante, clube, enfim, qualquer lugar, desde que se respeite a Casa do Senhor e aqueles que lá vão para adorá-lo.
E os envelopes recheados é correto? Não vou entrar nesse mérito, apenas digo que usar a boa fé das pessoas, forçar liderados ou obrigar líderes subordinados a arrecadar valores entre os fiéis e ainda em pior espectro, permitir usarem recursos sagrados do caixa da igreja, missões, departamentos, para presentear alguém de forma praticamente obrigatória e assim arrecadar altas somas de dinheiro como presente, é total descaso com a igreja do Senhor e com a causa do evangelho. Parece normal porém onde existem essas práticas, pregar o evangelho e zelar pelo que é do Senhor, fatalmente estão em segundo plano, capitaneados pelo pobre caráter cristão de seus lideres que felizes permitem tudo isso em proveito financeiro próprio e a satisfação de massageamento de seus egos que endeusados sentem-se quase “donos” da instituição.
Servir a Deus e a causa do evangelho e ao ministério é ato de renúncia, não de oportunidade ou oportunismo.
Pr. Eroni Fernandes
Vou ser prático: o templo já é um salão social.
Templos não são e, nunca foram, casa de Deus! Casa de Deus somos nós!
Se a Igreja não tivesse enveredado para a apostasia no início do século 4º e, a reforma não tivesse sido reforma, mas renovação, hoje não teríamos perdido a única instituição criada por Deus, na terra: a família!
Reforma mantem o que é velho – sua estrutura.
Renovação, torna novo o que é velho!
É isso que está precisando acontecer conosco, pois assim, voltaremos a ser a Igreja do Senhor!
Acabaríamos com toda essa bajulação com lideres, enquanto os membros, os pobres, são abandonados à sua própria sorte!
Foi ai, que o evangelho perdeu o verdadeiro sentido em nós!
CurtirCurtir
Vai te converter rapaz aprenda a honrar o teu pastor seu vazio de alma. Você não e obrigado a dar o seu dinheiro para o pastor,
CurtirCurtir
É lamentável uma pessoa que aparenta ser cristão usar de grosseria para discordar e ainda passar recibo que nem lei o artigo até o final onde fala o que significa honrar um pastor ou usar a igreja para usurpar dinheiro a um lider!
Igreja não é para isso meu caro!
CurtirCurtir