A exploração inescrupulosa do mercado da fé

Usar a igreja, a bíblia e o evangelho para arrecadar dinheiro e explorar pessoas é a pior forma de vender indulgências na pós-modernidade.

As indulgências modernas são representadas por estratégias de arrecadação, disfarçadas de campanhas para bênçãos e vitórias e desvirtuamento do real objetivo da pregação das verdades do evangelho. Fazem isso apenas para promover frequência a cultos com mensagens motivacionais e técnicas de sensibilização humana, sem nenhum conteúdo da mensagem da Cruz de Cristo, nem fruto algum que o evangelho produz. Esses eventos obviamente atingem seus objetivos, com plateias grandes e ofertas pomposas que para essas pessoas é o que importa, estão à busca de contribuintes, não de pregar o evangelho.

Essas estratégias culminam com o abuso-mor, que é a venda de objetos “orados” “abençoados” ou “ungidos” e tudo mais, com a finalidade oculta de explorar a fé, a ignorância e até o desespero das pessoas, e por trás de tudo pouco se importam com as pessoas, tudo se faz com o obscuro objetivo de arrecadar dinheiro, mesmo que para isso se cometa uma das piores excrescências para quem quer se chamar de igreja: Explorar pessoas em situação vulnerável.

Milagres são o inusitado de Deus para os homens. Isso está em seu domínio, não dos homens, não cabe a homem nenhum, marcar dia, hora, local ou determinar objetos como condutores de tal poder. Fazer isso, é gerar a versão moderna e piorada da venda de indulgências que foi uma das práticas da igreja predominante, que causou um dos, senão o maior movimento de cisma dentro de um igreja, a reforma protestante.

Que o temor de Deus e o respeito pelos seus filhos explorados por homens inescrupulosos, possa nascer no coração desses homens antes que comecem pagar o preço pela tamanha desfaçatez que cometem contra o real propósito do evangelho.

Pr. Eroni Fernandes

Publicidade