Como dói ver uma igreja encolhendo e a liderança anestesiada!

Muitas instituições religiosas tradicionais estão padecendo da síndrome do sapo cozido e não despertam. Estão no caminho de morte institucional tal como ocorreu na europa e em outros lugares no mundo. É HORA DE DESPERTAR!

A morte de uma instituição religiosa sem foco na missão é lenta e pode ultrapassar gerações. O crescimento da instituição e a perda do foco na missão da igreja faz com que a liderança se importe mais com a administração da instituição, que com pessoas e obreiros, com a igreja de verdade. Por isso, as pessoas se afastam, os obreiros se acomodam tudo se institucionaliza e assimo se inicia o longo ciclo de morte da instituição. É como a velha metáfora do sapo: se você jogar um sapo na água quente ele pula e sobrevive, mas se coloca-lo na agua fria e ir aquecendo devagar, morre cozido!

É bem isso que já está acontecendo com a minha igreja em várias cidades pelo país e me incomoda que parece que ninguém está vendo, estão morrendo cozidos! São instituições autônomas, independentes, cresceram, perderam foco na sua missão, fazem movimento, ainda tem caixa suficiente para ir levando, mas não se percebem que tal como o sapo estão em lento cozimento até a que esse processo lhes cause a morte lenta e sufocante, quando não terá mais forças nem recursos para reagir.

Os crentões de plantão ja gritam: A igreja do Senhor não morre! É claro que não, a igreja do Senhor é viva e se movimenta, o que morre são as placas, cnpj (s), instituições, que apesar de tudo que o Senhor faz para livrá-las, seus líderes tem ouvidos fechados e sentem-se “Deuzos” da situação, jogam sempre culpas nos outros, arranjam desculpas, malham seus obreiros, segregam opositores, mas jamais frequentam o espelho do evangelho para ver o reflexo de seu desvio de rota.

Vejamos os 10 passos do cozimento que está acontecendo:

  1. Igreja está boa, crescendo, caixa suprido, tudo vai bem
  2. Igreja se volta para si, movimento, ativismo, investimento em templos, conforto, as pessoas ficam contentes, tudo parece ir bem, o ritmo de crescimento diminui mas ninguém percebe porque a água aquece mas está agitada, parece hidromassagem…
  3. Não se investe mais o necessário em ações de evangelismo, discipulado e missões. A estagnação chega, mas ninguém percebe porque o foco está no movimento e não no resultado para o Reino.
  4. Senta-se em cima do sucesso do passado, acham que as pessoas se converterão pela ação natural da igreja, usa-se o tradicionalismo para justificar que algumas pessoas estão descontentes e saindo para outras igrejas, o numero de batismos fica estagnado mas justificam: “tempos são difíceis e as pessoas estão mais secularizadas e não querem mais saber de Cristo” ;
  5. Obreiros descontentes também se acomodam porque dependem da instituição, até levam uma vida boa, porquê se incomodar se seu lider não cobra crescimento nem trabalho duro para ganhar almas!…Mais sapinhos sendo cozidos!
  6. Não há espaço para as pessoas mais ativas e focadas, estas saem para outras igrejas, outros criam seus próprios ministérios, pessoas os seguem, são execrados publicamente por rebeldia, mas alguns deles realmente saem atender seu chamado porque lhes faltou espaço e assim a igreja continua mas a instituição encolhe!
  7. A saída dessas pessoas ao invés de despertar a liderança para o processo de cozimento, não, os leva sim a um batalha renhida contra quem sai, criando alertas em outros que gostam e até admiram essas pessoas que saíram e logo vêm que estas estão bem e felizes também decidem sair. Isso alimenta o ciclo de saída e o processo vai ganhando velocidade. A água está quente, gera algum desconforto, mas a liderança está anestesiada, a água esta turva pelo movimento, nada demais, tudo parece natural e normal para os tempos atuais;
  8. Detalhe: Todas as pessoas que saem são contribuintes, as contribuições começam a cair, o dinheiro encurta, mas sempre há uma crise para justificar, então arrocham mais os gastos, mas mantêm confortos dos mais privilegiados e assim descontentam os obreiros e pessoas mais produtivas que ainda se mantém ativos. O ciclo avança e a água aquece, o dinheiro encurta e é por aí que a morte vem!
  9. Cada vez mais pessoas saem, menos entram, os números mostram, mas sempre há desculpas porque mesmo assim, as cabeças principais não foram afetadas e afinal, igreja não é empresa para ficar olhando números….dizem.
  10. Menos pessoas, menos dinheiro, pessoas saem, obreiros “dividem” levam mais pessoas até a água ferver e o cozimento se concretizar.

Resumindo: um lugar que antes promovia festa no céu, há muito só produz alegria no inferno, a figueira tem folhas mas não tem frutos, cuidou-se mais do odre que do vinho e como o odre não serve para nada se não tiver o que guardar nele, a instituição perde a razão de existir.

Pastores, obreiros, cristãos, igreja do Senhor! Até quando vão ficar acovardados, morrendo cozidos e não se levantam para fazer algo? Melhor ser denegrido e condenado por “sapos em cozimento”, que ter de prestar contas a Jesus por covardia e omissão!

Vem comigo fazer algo diferente em 2019, ainda é tempo de sair da vasilha de água quente e romper barreiras levando o evangelho de Cristo!

Pastor Eroni Fernandes

Se sua igreja precisa de ajuda, contate comigo! (joseeroni@gmail.com)

Facebook e Instagram: nonos reformadores

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3 comentários em “Como dói ver uma igreja encolhendo e a liderança anestesiada!

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